MTST ocupa Ministério da Justiça e Ministério do Planejamento
Trabalhadores aprensetam demandas de assentamentos de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal
Nesta quinta-feira (21), por volta 14h30min, e com cerca de 800 sem teto, duas manifestações foram iniciadas em Brasília. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou dois Ministérios, o da Justiça e o do Planejamento. Estão envolvidas nestas ações as negociações dos assentamentos Che Guevara, Zumbi dos Palmares e Santa Cristina, em São Paulo; Irmã Dorothy e Camilo Torres, em Minas Gerais; e a ocupação Bela Vista, no Distrito Federal.
A ação no Ministério do Planejamento foi voltada à negociação realizada em julho, quando o MTST realizou uma ocupação no município de Brazlândia, no Distrito Federal. Na época, foi feita uma negociação com a SPU (Secretaria do Patrimônio da União) sobre um projeto para a construção das moradias. No entanto, alguns compromissos assumidos pela secretaria que não foram cumpridos, algo que vem sendo recorrente. Por isso, o MTST entra no ministério com tempo indeterminado de saída, até que uma resposta mais propositiva seja dada, e não mais garantias que nunca se concretizam.
O Ministério da Justiça foi ocupado no mesmo horário, porém sob outra demanda do movimento. As ocupações de Minas Gerais e São Paulo, listadas acima, estão todas com ordem de despejo. Neste sentido, o movimento tem uma única intenção nesta ação: uma intervenção federal nestes processos. Se contabilizada todas as famílias, de todas essas ocupações, vão ser milhares. Esta garantia é importante neste momento, pois as negociações realizadas em todos os municípios ainda não estão fechadas, estas famílias vão ficar desamparadas e, fatalmente, vão cair novamente em alguma outra ocupação irregular, sem infra-estrutura adequada. Elas devem ficar onde estão, até que uma moradia digna seja garantida.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto vem, mais uma vez, trazer suas negociações ao governo federal, como aconteceu mês passado, na Jornada Nacional Contra os Despejos, organizada em conjunto com outros movimentos populares urbanos, através da Resistência Urbana – Frente Nacional de Movimentos. Naquela vez, tivemos progresso e, através de nossa mobilização organizada, conseguimos nos colocar frente às desigualdades e defender nosso direitos como cidadãos trabalhadores que somos. Dessa vez, não esperamos menos
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